O governo da Bahia deu um passo importante para a valorização dos professores indígenas ao sancionar uma lei que reestrutura a carreira do magistério indígena. A medida garante direitos, gratificações e equiparação salarial aos demais docentes da rede estadual.
Atualmente, mais de 700 professores atuam em escolas indígenas na Bahia, sendo 88 efetivos e 612 sob o Regime Especial de Direito Administrativo (REDA). O reconhecimento profissional fortalece a educação bilíngue e contextualizada nas aldeias, promovendo a preservação das línguas e culturas tradicionais. A diretora da Educação de Povos e Comunidades Tradicionais da SEC, Poliana Rios, destaca que a iniciativa é resultado de um projeto político que escuta as lideranças indígenas.
Os educadores são fundamentais para a construção de um currículo que respeite os saberes ancestrais e fortaleça a identidade dos povos originários. Além da valorização salarial, os professores recebem formação específica e participam de programas como o Ação Saberes Indígenas na Escola. A Bahia se consolida como referência na promoção de uma educação que reconhece a diversidade e atua pela inclusão dos povos indígenas, em conformidade com a Lei nº 11.645/08.
